Já ouviu falar em “banho de floresta” (Shinrin-Yoku)? E em “terapia da natureza”?

Terapia da natureza é um conjunto de práticas cuja finalidade é atingir ‘efeitos médicos de prevenção’ por meio da exposição a estímulos naturais, que promovem um estado de relaxamento fisiológico e melhora do sistema imune enfraquecido, para prevenir doenças.

Os estudos científicos avaliam desde imersões, períodos curtos de passeio em praças urbanas, jardinagem, até observar/tocar/cheirar flores e plantas em casa ou no laboratório de pesquisa.

E os achados são fantásticos! Justamente, mostram o efeito homeostático, regulador, de estar na natureza, que é viva e, portanto, nutre nossa força vital – a capacidade do nosso sistema de se reorganizar.

Isso é vis medicatrix naturae – o poder de cura da natureza

Estar com a natureza reduz batimentos cardíacos e a pressão arterial, via ativação do Sistema Nervoso Parassimpático. Esses efeitos positivos também foram encontrados em pesquisas com pacientes de hipertensão arterial, doenças coronarianas (melhora da função), insuficiência pulmonar obstrutiva crônica (menos citocinas inflamatórias) e diabetes mellitus (redução da glicemia).

Quanto aos efeitos psicoemocionais, os estudos apontam redução do estresse agudo e crônico, tanto percebido, quanto avaliado por marcadores biológicos (ex. cortisol). Ainda, estar com a natureza diminui a dor, aumenta as horas de sono, melhora sintomas em pacientes depressivos, e impacta positivamente a espiritualidade: pacientes com câncer se beneficiaram com melhora da saúde emocional, bem-estar, sensação de integração e autorrealização.

E o interessante é que mesmo curtos períodos com a natureza já melhoram a função imunológica – medida pela redução nas concentrações de malondialdeido, citocinas, cortisol, testosterona e linfócitos, e aumento de células de defesa como NK.

Já cuidou das suas plantas hoje?