Uma paciente buscou ajuda para a ansiedade.
Juntas, identificamos que a ansiedade dela é do tipo “concreta” (e não “vaga”), pois ela “se projeta” em situações específicas, do futuro, ou imaginadas, e fica lá “projetada”…
E a gente falou sobre o antídoto dessa “viagem” da Mente ser justamente a presença no corpo.
Nosso corpo está sempre no presente, e trazer a nossa atenção para a experiência do corpo é uma âncora importante para a Mente.
Tem muitas formas de fazer isso, e muitas práticas formais de meditação que usam o corpo (ex. respiração) como âncora.
A prática que eu sugeri a ela é a de prestar atenção nas SENSAÇÕES CORPORAIS.
Sensações corporais são percepções físicas, elas tem uma localização no corpo. Ex: calor, frio, aperto, expansão, formigamento, leveza, peso, abertura…
Sensações são diferentes de emoções ou sentimentos. A gente às vezes fala de uma “alegria no peito”… mas alegria é uma emoção! E se a gente tentar traduzir em uma sensação?
Gosto dessa prática de perceber as sensações corporais porque ela promove uma “alfabetização” importante.
Focar nas sensações corporais traz a gente para o momento presente.
Além disso, começa a nos familiarizar com o corpo, com essa diversidade de sensações físicas. A partir disso, identificar, nomear, dá pra fazer muita coisa!
Te convido a fazer essa prática hoje, talvez agora, talvez mais tarde.
Voltar a atenção pra você, e perceber quais sensações corporais você percebe.
Você pode depois disso levantar, mexer o corpo (uma espreguiçada), beber uma água, voltar e perceber novamente as sensações. Será que algo muda?